- Sou filha única e precisei investigar esse tipo de relação. Procurei ler e conversar com pessoas para saber como é ter um irmão gêmeo - conta a atriz, que já gravou cenas das duas personagens juntas, mas tem tido mais destaque na trama como a professora Cristina. - Tinha feito uma participação como a juíza Estela em "Caminhos do coração", mas a Cristina tem mais história agora.
Viúva e professora de Matemática, Cristina é amante de Camargo (Paulo Figueiredo), casado com Isabel (Sylvia Bandeira) e dono do colégio onde ela trabalha. A personagem anda sofrendo depois que o mau caráter Nelson (Léo Rosa), filho de Camargo, descobriu o caso do pai: o jovem usa essa informação para chantagear os amantes.
Já a irmã de Cristina, Estela, que é lésbica, parece viver menos conflitos.
- O fato de ela ser gay é apenas um detalhe para mim. Sinto que o Tiago (Santiago, autor) está sendo bastante cuidadoso com esse tema, até pelo horário em que a novela é exibida. - explica Françoise, que conversou com a Revista da TV, num início de tarde, no Parque Lage.
A atriz, que também está no longa "Léo e Bia", ainda inédito nos cinemas, integra o elenco da Record desde 2006, quando fez a Manuela de "Cidadão brasileiro". Mas a maior parte de sua carreira televisiva se deu na Globo, onde ela já viveu mulheres como a Maria Teresa de "Estúpido cupido" (1976), a Helena de "Tieta" (1989), a Meg de "Por amor" (1997), e a Simone de "O clone"(2001).
- A TV Globo foi minha casa desde sempre. Estou muito dentro da história deles: fiz a primeira novela gravada no Projac, "Explode coração". Era a vilã Eugênia - destaca a atriz, que atuou pela última vez na emissora em "Kubanacan" (2003). - A minha saída foi tranquila. Estava num momento em que não era aproveitada e tive um convite forte do SBT para fazer "Seus olhos".
Carioca e mãe de um jovem de 26 anos, Françoise morou em Brasília durante anos. Foi na capital federal que ela formou-se em balé clássico e começou a se interessar por teatro.
- Voltei para o Rio no fim da minha adolescência. Fiz cinema (o filme "Marcelo Zona Sul", de 1970) e depois fui para a TV. Minha estreia em novelas foi em "Fogo sobre terra" (1974), da Janete Clair - lembra a atriz, que diz só fazer o que gosta. - O negócio é ter sempre um bom papel para sua faixa de idade - ensina.
OGlobo
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