quinta-feira, 23 de julho de 2009

Entre o real e o imaginário

Élcio Monteze entrou em Os Mutantes – Caminhos do Coração para participar apenas de alguns capítulos. Logo que suas cenas como o Príncipe Melchior entraram no ar, ficou decidido que seu personagem permaneceria na história por dois meses, diante da química entre o ator e o resto do elenco. Mas a repercussão foi tão boa entre o público infantojuvenil que o dono da Pedra Filosofal da trama de Tiago Santiago ganhou contrato maior e hoje, ironicamente, é um dos trunfos do autor para reconquistar o público jovem em Promessas de Amor.

Isso porque a proposta de deixar de lado as mutações e investir em um formato clássico de folhetim foi rejeitada pelo público e abolida pelo autor. “No início, tinha receio de ficar apagado por conta do realismo proposto nesta terceira temporada. Mas como participo do núcleo da escola, agora o Melchior pode crescer tanto em tramas fantasiosas quanto nos aspectos realistas”, analisa o ator mineiro.

Em sua terceira novela na Record – ele também atuou nos capítulos finais de Luz do Sol –, Élcio já sabe o que pretende fazer quando, em agosto, a novela sair do ar. “Quero conseguir logo outra oportunidade na tevê. Vou ensaiar um musical com direção da Andréa Avancini”, adianta.

RAIO X

Nome completo: José Élcio Santos Monteze Júnior.

Data de nascimento: 23 de abril de 1985, em Montes Claros, Minas Gerais.

Primeiro trabalho na tevê: Florindo, em Luz do Sol, exibida pela Record em 2007.

Sua atuação inesquecível: O Querô da peça Querô, texto de Plínio Marcos, com direção de Adriano Garib, em 2005.

Interpretação memorável: Wagner Moura no espetáculo Hamlet, de Shakespeare.

Um momento marcante na carreira: Quando me ligaram e disseram que eu tinha passado no teste para o Melchior.

A que gosta de assistir: Documentários.

A que nunca assistiria: Assisto a tudo. Até o que é ruim eu gosto de ver, para ter minha própria opinião sobre aquilo.

O que falta na televisão: Foco na qualidade. A maioria das pessoas se preocupa mais com a audiência.

O que sobra na televisão: Programas com apelo popular exagerado. Muitos humorísticos seguem essa linha e não acrescentam nada.

Ator favorito: Joaquin Phoenix.

Atriz predileta: Reese Witherspoon.

Com quem gostaria de contracenar: Com qualquer um desses dois seria ótimo.

Se não fosse ator, seria: Cientista.

Novela preferida: Não tenho, mas adorei a minissérie Hilda Furacão.

Cena inesquecível na tevê: A morte de Odete Roitman, em Vale Tudo, da Globo. Eu era muito pequeno e lembro de tudo. É a primeira imagem de teledramaturgia da minha infância da qual me lembro bem, sem que ninguém tenha de me contar.

Que novela gostaria que fosse reprisada: Mulheres de Areia, da Globo.

Que papel gostaria de representar: Um vilão.

Par romântico inesquecível: O cantor e compositor Johnny Cash e a cantora June Carter, de Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon, no longa Johnny e June.

Com quem gostaria de fazer par romântico: Ellen Page.

Filme: Johnny e June, de James Mangold, e Crash – No Limite, de Paul Haggis.

Livro de cabeceira: O Caçador de Pipas, de Khaled Hosseini.

Autor predileto: Drauzio Varella.

Diretor favorito: Adriano Garib.

Vexame: Na peça Abre as Asas Sobre Nós,meu personagem fumava. Sem querer traguei de verdade, minha pressão caiu e logo depois, numa cena mais violenta, me desequilibrei e caí no palco.

Uma mania: De organização.

Um medo: De me decepcionar com a profissão de ator.

Projeto: Produzir um espetáculo de teatro.

Gazeta do Sul

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