sábado, 4 de abril de 2009

Entre o real e o imaginário

Nathália Lima Verde humaniza lado mutante de Promessas de Amor

Para interpretar a romântica Silvia de Promessas de Amor, temporada final da trilogia Caminhos do Coração, da Record, Nathália Limaverde precisou se familiarizar com o lado fantástico da trama. Na história de Tiago Santiago, Silvia faz parte do núcleo predominante desta última fase, o dos humanos. Mas também se relaciona com os mutantes. Dessa interação, surge o principal conflito da personagem, um romance ao estilo Romeu e Julieta com Aquiles, de Sergio Malheiros, adolescente que tem o poder da supervelocidade. Isso porque o relacionamento é condenado pela família da jovem. O objetivo do Tiago é apostar mais no realismo. E o que eu vou tentar fazer é humanizar esse amor proibido, analisa.

Participar de uma trama que envolve o realismo fantástico não é novidade para Nathália. A atriz começou na tevê no extinto infantil Sítio do Picapau Amarelo, encarnando a paraplégica Tetéia em 2005. Por conta dessa experiência, Nathália não sentiu necessidade de uma preparação mais específica para Promessas de Amor. Exceto as aulas de canto, que fez questão de retomar. A partir do meio da novela, Silvia será vocalista de uma banda que vai reunir jovens mutantes e humanos, aumentando ainda mais a interação entre esses personagens. Coincidentemente, foi uma novela com pitadas de musical que tornou Nathália conhecida. Em 2006, a atriz participou do folhetim infanto-juvenil Floribella, exibido pela Band. Na história, adaptada por Patrícia Moretzsohn, interpretou a adolescente Camila, que mantinha um romance com o músico Batuca, vivido por André Luiz Miranda. Foi um período muito intenso. Mesmo depois de três anos, ainda sou abordada constantemente nas ruas por causa desse trabalho, conta a atriz, que também atuou em Amigas e Rivais, novela exibida pelo SBT no mesmo ano.

Em sua segunda aparição na Record, Nathália torce para que Sílvia lhe traga frutos tão bons quanto seu primeiro trabalho na emissora. A atriz foi escalada para uma participação nos primeiros capítulos de Chamas da Vida, ainda exibida às 22 horas. Na novela, encarnou a inocente Izabel, que introduziu o drama da pedofilia à trama de Cristianne Fridman. Sua personagem foi a primeira da história a sofrer abusos sexuais de Lipe, papel de André Di Mauro. Apesar de ter sido apenas uma participação, a atriz precisou se preparar para introduzir um tema tão forte. Nathália acredita que a novela cumpriu seu papel social, e não teve nenhum interesse sensacionalista, e sim, de alerta. A novela quis passar um alerta aos pais. Na maioria dos casos os pedófilos são próximos da família, frisa.

Apesar dos 20 anos de idade e quatro de carreira, Nathália já coleciona quatro emissoras diferentes. Mesmo com a instabilidade dessa vida cigana, ela se considera privilegiada por já ter circulado tanto. Essa mudanças me ajudaram muito. Consegui conviver com as diferenças, e hoje isso me trouxe uma experiência muito importante, confessa a atriz que ainda pode manter esse ritmo, já que está com um contrato por obra na Record.

Jornal Cruzeiro do Sul

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